Hoje regresso, por breves momentos, aos Açores. Rever e colocar aqui as fotografias da viagem fez-me viajar no tempo e no espaço e voltar àquele que foi para mim um dos locais mais mágicos de São Miguel: as Furnas. Nesta cratera com sete quilómetros de diâmetro (última memória de um vulcão adormecido desde 1630) a comida pode ser cozinhada dentro da terra e das caldeiras brotam géiseres de água a ferver e a fumegar. E é inevitável: sentimo-nos, respeitosamente, mais próximos das origens e entranhas da terra.
Casa do Lagoa
Começo na margem sul da maravilhosa Lagoa das Furnas, numa paisagem idílica, onde se localizam a Casa da Lagoa e a Casa dos Barcos. Com as suas cores suaves, seriam o cenário perfeito para um filme romântico. Funcionando hoje em dia como casas para arrendamento turístico, valem bem uma passagem e uma fotografia.
Um pouco mais à frente, a Ermida da Nossa Senhora das Virtudes ergue-se na paisagem tranquila de uma forma inesperada. De estética gótica e construida em basalto, aqui que se encontra sepultado José do Canto e a sua esposa, uma das famílias mais importantes e influentes nos Açores.
Ermida de Nossa Senhora das Virtudes
Casa dos Barcos
A escultura do viajante dá o mote para um dos trilhos mais bonitos que fizemos, sempre a subir até ao Miradouro do Pico do Ferro por uma floresta densa, húmida e com espécies exóticas.
Este trilho, com cerca de 6,5km de comprimento, é uma aventura imperdível, não aconselhada a quem não gosta de desafios físicos. Pelo caminho formos encontrando alguns amigos de quatro patas, tão afáveis e amistosos como os próprios açoreanos.
Lagoa das Furnas
Passamos também pelo bonito e cuidado jardim D.Beatriz no Canto, apenas aberto ao público durante o mês de agosto, e dirigimo-nos para o Parque Terra Nostra, um repositórios único de espécies de árvores e plantas de todo o mundo, onde se encontra uma das maiores coleções de camélias que existe e uma alameda de Ginko Bilobas centenárias.
Jardim Beatriz do Canto
O tanque termal, mesmo ao centro, é um ex-líbris, e um banho a 40 graus nas águas carregadas de ferro e sais minerais é a melhor oportunidade para relaxar e entrar em contacto com a natureza mística das Furnas.
O dia termina ao pé do Furnas Boutique Hotel (onde jantamos) e onde ao lado, as caldeiras em permanente ebulição, nos recordam para sempre as origens vulcânicas desta ilha mágica.
Fotografias Homes in Colour
RELACIONADO
Enviar um comentário